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  • Foto do escritorPaula Caputo

A MATERNIDADE ME CUROU


Tenho tantas coisas para contar…, mas, nunca fui boa de contar histórias, nunca consigo respeitar à ordem cronológica dos acontecimentos, esqueço detalhes importantes, mas venho me esforçando e estudando para isso. Então, tenham paciência comigo. Ok?!


Acredito que só me tornei realmente adulta agora, aos 40 anos. Falo de adultez com responsabilidades, sem vitimismo, sem mimimi, realmente de se fazer o que precisa ser feito, fazer escolhas previamente ponderadas e me responsabilizar por suas consequências.


Não que antes não o fizesse, mas antes ainda tinha um pouco de vítima, de “coitadinha”, pena, sabe? “Oh, tentou tanto e não conseguiu, que pena, coitada, que infortúnio!


Hoje, vejo a vida mais clara, escolhas mais assertivas. O meu tempo, o tempo da minha filha, o nosso, um espaço SEGURO PARA EXISTIR. Quando digo que a maternidade me curou, falo desse espaço pra mim também, pra me escutar, me acolher e me aceitar como sou.


A maternidade me POSSIBILITOU abrir mão do controle, do perfeccionismo e flexibilizar frente aos acontecimentos. Me experimentar e experienciar por novos ares e situações.


A maternidade me PERMITIU olhar meu corpo sem julgamento. Ainda enxergo meus quilos a mais, mas isso não é mais algo sujo apenas algo a ser transformado.


A maternidade me PRESENTEOU com a serenidade de entender que cada coisa tem seu tempo e, que tudo pode ser transformado com carinho, atenção e boa vontade.


Por fim, mas não menos importante, a maternidade que me MOSTROU a autoestima. A importância do amor próprio, de estar íntegra para poder cuidar e atender as necessidades do outro. A coragem de enfrentar desafios (e na maternidade esses são muitos, diários), a ousadia para não me contentar com um “não”, para buscar mais e melhor porque também sou merecedora do melhor que a vida tem a me ofertar.


É por tudo isso, que hoje me dedico como Coach e Terapeuta de mães a promover a autoestima de mães e futuras mães, por que a maternidade é muito linda para doer ou ser desconfortável. A gente pode (e deve) já chegar nela com a autoestima fortalecida, sabendo quem se é e se respeitando – por que aí, a maternidade vem para reforçar a seiva da vida, a cumplicidade, a construção de seres – você e seu bebê, seu relacionamento com você, seu parceiro(a) e principalmente seu relacionamento com a vida.


*Artigo original publicado na revista Statto em 23 de julho de 2021. Disponível em: <https://revistastatto.com.br/babys/filhos/a-maternidade-me-curou/>.


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